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Blocos, fusões e a volta da Funasa: base de Lula tenta articular com o Centrão

Após a definição das presidências da Câmara e do Senado, as legendas buscam formas de garantir espaço e poder na nova configuração do Congresso

Publicada em 06/02/23 às 07:26h

por EXAME


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A Funasa foi criada em 1990  (Foto: INTERNET)

Após a definição das presidências da Câmara e do Senado, as legendas buscam agora a formação de blocos como forma de garantirem espaço e poder na nova configuração do Congresso. De um lado, partidos de centro mais próximos do governo, como PSD e MDB, tentam se unir para disputar comissões e se manterem influentes nas casas. Do outro, o Centrão alinhado a Arthur Lira (PP-AL), reeleito com votação recorde, quer manter a hegemonia.

No segundo caso, além dos blocos, também há conversas para federações e fusões. O União Brasil e o PP retomaram as tratativas, paralisadas na eleição, para formar uma federação. O primeiro tem três ministérios (Turismo, Comunicações e Integração Nacional), mas quer mais espaço para dar a maioria dos 59 votos ao governo na Câmara. Juntos, os dois partidos vão somar 106 parlamentares na Casa, superando o PL, que tem 99.

No outro lado, o PSD, de Gilberto Kassab, abriu conversas para estabelecer um acordo com o presidente do MDB, Baleia Rossi, de modo a implementar uma atuação conjunta das bancadas das duas siglas. De acordo com interlocutores, o objetivo do acordo é fazer um contraponto ao fortalecimento do Centrão e aumentar seu poder de barganha com o governo federal em troca de cargos no segundo escalão.

Até agora, as definições dos principais espaços da Câmara dos Deputados se deram com base em acordos entre as siglas que deram 464 votos a Lira. Esse blocão é composto por 495 de um total de 513 deputados e incluiu quase a totalidade dos partidos, com exceção de PSOL, Rede e Novo.

"Queremos o máximo possível que a reprodução dos partidos que estão no governo possa se refletir na montagem do bloco", afirma o deputado Alencar Santana (PT-SP), acrescentando que ainda não há essa definição na esquerda.

Líder do PCdoB na Câmara, o deputado Renildo Calheiros (PCdoB) acredita que a Casa caminha para definir os comandos das comissões muito por meio do blocão de Lira.

"É uma maneira de fortalecer a política e o acordo, já que anula praticamente o tamanho das bancadas. Se a negociação for separada do bloco, sempre vai privilegiar o PL, que tem a maior bancada. E foi bom para integrar o PL, para que ele não fique isolado, pois a origem do partido é o governismo e não o bolsonarismo."

No Senado, as conversas caminhavam para a formação de um bloco único da base do governo, mas ele acabou se fragmentando em dois. Um com PT, PSD e PSB, que soma 28 senadores. E outro que se tornou o maior bloco parlamentar do Senado, com 31 senadores, e inclui tanto legendas da base do governo quanto da oposição. São elas: MDB, União Brasil, Podemos, PDT, PSDB e Rede.

A costura, no entanto, gerou insatisfação. O MDB, que ficou de fora do bloco do PT, alegou que os aliados não cumpriram o acordo. Pelo Twitter, o senador emedebista Renan Calheiros (AL) reclamou da divisão e disse que MDB e União Brasil foram “furados” pelo Diário do Congresso com o bloco do PT, fazendo referência ao fato de as legendas terem sido pegas de surpresa com a aliança: “A alternativa ao fogo amigo foi criar outro bloco com 31 senadores”. Renan fazia alusão a um bloco que seria formado por 43 senadores e reuniria PT, PSD, PSB, MDB e União Brasil — a base que reelegeu Pacheco.

A senadora Eliziane Gama (PSD-MA), que migrou para o PSD, rebateu. Ela afirmou que o acordo foi desfeito porque o MDB buscou apoio de Sergio Moro (União-PR), ex-juiz federal que determinou a prisão de Lula. “Furo foi do MDB que fez acordo com a presença do líder Eduardo Braga e não cumpriu, foi pedir ajuda a Moro para ter maioria”.

Conclusão

Com a divisão, o PT acabou em desvantagem para a composição das comissões, que leva em conta a proporcionalidade das bancadas de blocos e partidos. A nova composição superou o bloco de 28 senadores formado por três partidos aliados: PSD, que ocupa a presidência do Senado, PT e PSB. Esse movimento pode dificultar o caminho da direita raiz, já que o PL tem em seus quadros a maioria dos parlamentares bolsonaristas e está sozinho com seus 12 parlamentares. Em campo semelhante, o bloco entre Progressistas e Republicanos terá outros dez.

Até agora, o quadro na Câmara dos Deputados é visto, afirmam aliados do presidente Lula, como mais delicado para o governo. O Palácio do Planalto ainda não tem um mapa do tamanho de sua base — o que aumenta sua dependência de Lira, com quem não pode romper, tampouco se tornar inimigo. Lideranças de diversas siglas também já se articulam para ampliar o poder de barganha com o governo federal e garantir espaço estratégicos dentro do Congresso.

Como O GLOBO mostrou neste domingo, o governo já começou a fazer acenos com cargos aos partidos do Centrão que davam suporte a Bolsonaro. O PSDB e o Cidadania, por sua vez, conversam sobre a possibilidade de fusão. Para o cientista político Antonio Lavareda, não há outra saída para manter a governabilidade a não ser investir na divisão do campo da direita, enfraquecendo Lira e o bolsonarismo.

"O Lula precisa estruturar o centro no Congresso e na sociedade. Senão a polarização predomina e o eleitor do centro pode ser aspirado pela extrema-direita."




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