Peça central na vitória de Jair Bolsonaro à Presidência da República, em 2018, quando o Brasil foi apresentado ao fenômeno da massificação de fake news como estratégia eleitoral, o mau uso político das redes sociais se tornou objeto de seguidas tentativas de regulação pelas autoridades. As iniciativas tiveram algum efeito, mas não foram suficientes para deter a proliferação de notícias falsas, mensagens antidemocráticas e campanhas de ódio e difamação.
A rede de mentiras marcou também a eleição de 2022 e foi determinante para os atos golpistas de 8 de janeiro, em Brasília. O episódio desencadeou uma nova ofensiva, tocada pelo governo Lula, para tentar equacionar a questão. A gestão do petista sinaliza, ainda que de modo incipiente e vago, a pretensão de regulamentar o ambiente digital, inclusive com maior responsabilização das plataformas pelos conteúdos veiculados — uma iniciativa delicada, que já desperta as primeiras preocupações. As informações são da edição semanal da revista Veja.