A crise no PDT do Ceará, com os conflitos entre os irmãos Cid e Ciro Gomes, ganha, neste sábado (24), o noticiário nacional, com destaque no Jornal Folha de São Paulo. A reportagem expõe os bastidores da divisão interna que ainda não chegou ao ápice e pode gerar novos danos ao partido que tenta manter o seu maior patrimônio eleitoral no Estado, que é a Prefeitura de Fortaleza.
Contrário à ascensão do irmão à Presidência da Executiva Regional do PDT, Ciro saiu em defesa do atual ocupante do cargo, o deputado federal André Figueiredo. Cid quer o comando da sigla por considerar que tem capacidade para pacificar a legenda. Com mandato até o final deste ano, André descarta a ideia de antecipar a eleição ou mesmo entregar o cargo ao senador
‘’Se o André hoje tem antagonismos dentro do PDT, acreditem, não é pelos defeitos do André, é pela virtude do André, pelo compromisso canino com o PDT. Você conta comigo! Nós precisamos de você em nome da unidade do partido’’, expôs o ex-presidenciável Ciro que, ao retomar, neste mês de junho, a agenda política no Ceará, tem sido cáustico nas críticas ao Ministro da Educação, Camilo Santana, e ao Governador Elmano Freitas (PT).
QUAL UM PARA O SEU LADO, DIZ ANDRÉ
Determinado a manter a condução do PDT como oposição ao Governo Elmano, André Figueiredo deixa, também, recados aos descontentes.
‘’Talvez seja melhor realmente resolvermos a situação cada um indo para o seu lado. Quem quiser apoiar o governador Elmano, pode apoiar. O PDT tem que reconhecer a democracia civil de vitórias e derrotas: nós fomos derrotados. A virtude de um derrotado é saber reconhecer quem venceu, e não aderir a ele’’, avalia André, ao reafirmar que o PDT é oposição porque, em 2022, perdeu a eleição com o candidato Roberto Cláudio.
SILÊNCIO DE CID