No início de junho, foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) a Medida Provisória que criou o programa do Governo Federal que objetivava baratear os preços dos carros populares em todo o território nacional. A previsão era de que veículos comerciais leves poderiam ter descontos variando entre R$ 2 mil e R$ 8 mil. Além de movimentar a indústria automotiva do país, o programa também trouxe novas expectativas para áreas relacionadas. No Ceará, o Sindicato das Autoescolas (Sindicfcs), por exemplo, prevê que a quantidade de alunos procurando dar início ao processo de habilitação aumentará em 10% nesse contexto, principalmente na categoria B, que possibilita a condução de veículos automotores de quatro rodas.
De acordo com o presidente do Sindicfcs, o alto preço dos veículos, tanto dos novos quanto dos seminovos, fez muita gente adiar a possibilidade de tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). “Os mais jovens estavam preferindo utilizar o transporte por aplicativo para os deslocamentos. Porém, agora, percebemos que o interesse dessas pessoas voltou e vão aproveitar os descontos das concessionárias e, finalmente, dar início ao processo de habilitação”, detalha. Francisco Edilson, de 26 anos, foi um dos alunos influenciados pelo programa. “Já estou finalizando as aulas práticas e, em breve, espero estar habilitado e com um carro novo para dirigir. Com certeza, a habilitação irá agilizar muito o meu dia a dia”, anima-se.
O vice-presidente do Sindicato das Autoescolas, Alisson Maia, explica que o alto custo dos meios de transporte causou a redução da busca pela CNH de maneira generalizada, um problema que foi percebido além dos carros. “O preço das motocicletas, tanto as novas como as seminovas, também aumentou consideravelmente”, lembra.