A famosa gotinha, que inspirou a criação do mascote da campanha de vacinação, Zé Gotinha, especificamente para a Poliomielite, deixará de ser em gotinha e será injetável. O Ministério da Saúde anunciou hoje que vai substituir gradualmente por uma versão injetável mais moderna a partir do ano que vem.
A versão injetável contém vírus inativado e é mais moderna, de acordo com técnicos consultados pelo ministério. Com isso, as crianças não vão mais precisar tomar reforço aos 4 anos de idade, porque o esquema vacinal até os 15 meses já vai garantir a proteção.
A ministra da Saúde, Nídia Teindade, informou que não significa fim imediato da gotinha, haverá um período de transição entre as duas formas de imunização. O mascote Zé Gotinha também vai continuar. A pasta disse que o personagem, "símbolo histórico da importância da vacinação no Brasil", vai continuar aparecendo nas campanhas de imunização do governo federal.
A cobertura vacinal contra a pólio em 2022 foi de 77%. A meta do Programa Nacional de Imunizações era entre 90% e 95%. O Brasil está livre da poliomielite desde 1989, graças a campanhas de vacinação em massa. A redução na cobertura vacinal e um caso descoberto em março deste ano no Peru, no entanto, acendem o alerta para o risco que a doença volte a circular.