No auditório do Geopark Araripe, no município do Crato, quase mil fósseis que haviam sido retirados ilegalmente há mais de 10 anos foram repatriados em uma cerimônia emocionante realizada nesta quinta-feira, 28. As peças, datadas do período Cretáceo, com cerca de 90 a 110 milhões de anos, retornaram ao Brasil no último dia 13, concluindo assim um longo processo de repatriação patrimonial iniciado pelo Governo do Ceará com o apoio do Governo Federal. O evento foi conduzido pela titular da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Sandra Monteiro.

O caso teve início em 2013, quando os fósseis foram apreendidos em uma operação conjunta das Justiças brasileira e francesa. Após uma década, o esforço conjunto resultou no retorno dessas preciosidades à sua região de origem, o Cariri. As peças, que incluem fósseis de pterossauros, peixes, plantas, insetos e outras espécies de animais, impressionam pela sua diversidade. Alguns dos bens estão em perfeito estado de conservação dos tecidos.

Após um período de estudo, esses fósseis farão parte do acervo do Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, localizado no município de Santana do Cariri. Além disso, eles serão exibidos em exposições itinerantes, permitindo que um público mais amplo tenha acesso a essa parte valiosa da história natural.

Alysson Pinheiro, diretor do Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, vinculado à Urca, exaltou a repatriação cultural como um momento especial e significativo. O evento contou com a presença de autoridades locais, incluindo o prefeito do Crato e o secretário de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social do MCTI, Inácio Arruda.