Com isso, o Ceará chegou a 48,3% da capacidade hídrica dos 157 maiores açudes do Estado, monitorados pela Cogerh. É o melhor nível desde o início de agosto do ano passado. Tradicionalmente, os reservatórios cearenses enchem durante a quadra chuvosa (fevereiro a maio) e secam nos demais.
Percentualmente, a melhor situação é na chamada região hidrográfica do Litoral, que está 99,54% cheia. São 10 açudes, dos quais nove estão vertendo e um — o maior deles, o Mundaú (Uruburetama) — chegou a 96,06%.
Além do Litoral, outras duas regiões, Acaraú (92,08%) e Coreaú (97,99%), estão acima de 90%. A pior situação é dos Sertões de Crateús. São 10 açudes, cinco com menos de 30% e apenas um em sangria: Do Batalhão, em Crateús.
Já o Castanhão (Alto Santo/Jaguaribara) tem apenas 28,92% de carga. Diante da imensidão do maior açude do Brasil, porém, mesmo dentro do baixo volume, ele ainda é quem guarda mais água no Estado. São 1.937,77 hectômetros cúbicos Um hectômetro cúbico equivale a 1.000.000 de litros (hm³), mais do que o volume atual de cada uma das regiões hidrográficas do Estado, com exceção do Médio Jaguaribe, do qual o próprio Castanhão faz parte.
O Orós (Orós), segundo maior açude do Ceará, tem 57,68% da capacidade, ou 1.119,03 hm³; enquanto o Banabuiú (Banabuiú) tem 38,6%, equivalentes a 593,11 hm³. Quarto maior reservatório do Estado, o Araras (Varjota) tem 94,71%, ou 814,03 hm³.