Denúncia do Ministério Público do Ceará aponta a participação de criminosos da região do Cariri em um grupo de Whatsapp da facção Primeiro Comando da Capital (PCC) responsável por deliberar sobre questões de disciplina e hierarquia na organização criminosa.
O MP identificou que pessoas residentes em Missão Velha, Acopiara, Crato, Juazeiro do Norte, Milagres e Aurora estavam entre os participantes do grupo, que também possuía integrantes de São Paulo e de outros cinco municípios cearenses, incluindo Fortaleza. Os suspeitos teriam ligação direta com a cúpula da organização criminosa, em São Paulo.
A investigação teve início em 2023 com a apreensão do aparelho celular de João Felipe Bezerra Martins, alvo de um mandado de busca e apreensão. No aparelho foi encontrado um grupo de WhatsApp do PCC com atuação em Juazeiro do Norte denominado "Coluna Regional Sul".
As investigações também apontaram envolvimento de pelo menos 27 pessoas. As conversas faziam referências ao estatuto do PCC, livro de "caixinha", que é a contribuição mensal e hierarquias denominadas STF (Sintonia Final) e STG (Sintonia Geral).
O MPCE aponta na denúncia que é evidente a integração dos participantes na facção, uma vez que se apresentavam pelo vulgo e a respectiva "quebrada de atuação" (área de atuação), além de hierarquia de disciplina. Diante da situação foi instaurado um inquérito para apurar a instalação do PCC no Cariri, com o cometimento de crimes de organização criminosa, tráfico de narcóticos, crimes do estatuto do desarmamento e homicídios