O cálculo foi realizado a partir de uma base ampla de dados que inclui informações da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PnadC) do IBGE. Considerou-se também o contingente de beneficiários da Previdência Social e do Regime Próprio de Previdência dos entes federados, além de outros dados da Secretaria do Tesouro Nacional (STN).
Entre os beneficiados pelo pagamento do 13º, 56,9 milhões de pessoas, ou 61,7% do total, são trabalhadores formais. Dentre esses, os empregados domésticos com carteira assinada somam 1,4 milhão, representando 1,6% do conjunto. Aposentados e pensionistas da Previdência Social (INSS) compõem outros 37,1%, ou 34,2 milhões de pessoas. Já aposentados e pensionistas dos regimes próprios da União, estados e municípios são aproximadamente 1,1 milhão de pessoas.
O valor médio do benefício será de R$ 3.096,78, com disparidades regionais. No Distrito Federal, a média será a mais alta do país, estimada em R$ 5.665, enquanto no Maranhão e Piauí, esse valor deverá girar em torno de R$ 2.000,00. Esses dados não consideram os valores pagos a aposentados dos regimes próprios estaduais e municipais, para os quais não foi possível obter informações.
Do total de R$ 321,4 bilhões, aproximadamente R$ 214 bilhões (66%) serão destinados aos empregados formais, enquanto R$ 107 bilhões (33,3%) irão para aposentados e pensionistas. Os beneficiários do INSS, que somam 34,2 milhões de pessoas, receberão cerca de R$ 60,1 bilhões. A distribuição segue para outros grupos de aposentados e pensionistas da União, estados e municípios, cujos valores pagos variam entre R$ 11,03 bilhões e R$ 19,1 bilhões.
Os trabalhadores do setor de serviços, incluindo administração pública, concentrarão a maior parte dos valores destinados aos empregados formais, recebendo 64,6% do total, enquanto a indústria ficará com 17%, o comércio com 13%, a construção civil com 3,3% e a agropecuária com 2,1%. Esses dados refletem a relevância do setor de serviços na economia nacional, especialmente em termos de geração de emprego e distribuição de renda.