O Ministério Público do Estado do Ceará cobrou medidas da Prefeitura de Juazeiro do Norte para que os efeitos causados pelas fortes chuvas, caidas, sejam minimizados no entorno da Lagoa do Apuc, que fica no bairro Lagoa Seca. A região registrou problemas de alagamentos e dificuldades na mobilidade urbana. Essa cobrança foi feita nesta quinta-feira (23).
Ofícios foram enviados ao prefeito e ao secretário municipal de Infraestrutura, pela 7ª Promotoria de Justiça de Juazeiro do Norte que requereu informações, no prazo de dez dias, sobre a existência de licitação para providenciar obras de drenagem no local, considerando ser responsabilidade municipal. Também são questionadas quais são as medidas a curto, médio e longo prazo que estão sendo adotadas pelo município e a previsão de início das obras para que o problema seja solucionado.
No mês de maio de 2024, a promotoria instaurou procedimento para apurar uma suposta poluição ambiental da Lagoa da Apuc, com base em vistoria da Autarquia Municipal de Meio Ambiente de Juazeiro do Norte (Amaju). O relatório da Autarquia constatou a ausência de saneamento básico e o descarte irregular de resíduos na Lagoa. No relatório que foi enviado ao MP do Ceará, a Amaju destacou também que a Lagoa da Apuc consiste em ponto de acúmulo de águas pluviais de vários bairros. No documento, a autarquia explicou que, quando chove, parte dos resíduos sólidos descartados de forma irregular em vias públicas e terrenos baldios em Juazeiro do Norte, vai para a Lagoa da Apuc, ocasionando poluição.
Na última terça-feira (21), dia em que ocorreram as inundações causadas pela chuva, o prefeito Gledson Bezerra (PODE) esteve no local e por meio de um vídeo publicado nas redes sociais, explicou que um projeto para a resolução do problema está sendo encaminhado e que será necessário esperar o período chuvoso passar para iniciar as obras e estipulou o período em que tudo será concluído; “A depender da intensidade da chuva, se a gente fizesse isso, era jogar o dinheiro do cidadão da cidade no lixo. Por quê? Porque obras dessa magnitude com chuvas intensas não combinam. Então é esperar que haja uma diminuição na precipitação das chuvas e aí o início das obras. Demora quanto tempo? Mais de dois anos e meio”, disse.