O deputado federal Eunício Oliveira (MDB) considera que o gesto do presidente Lula, ao exonerar os ministros para votarem no senador Davi Alcolumbre, foi uma sinalização importante que fortalece a base de apoio ao Governo.
Eunício, em declarações a imprensa, fez uma leitura sobre a renovação das cúpulas da Câmara e do Senado, destaca a necessidade de maior transparência na execução das emendas parlamentares, fala sobre a habilidade de Alcolumbre para conversar com os colegas e, na Câmara Federal, defende mais sessões presenciais.
TRANSPARÊNCIA
‘’Quanto mais transparência para as emendas, melhor, e devemos chegar a isso. Davi é jeitoso do ponto de vista de convivência e é ruim para o Supremo buscar fazer uma interferência em outro poder’’, observa Eunício, ao se referir à habilidade do novo presidente do Senado para buscar um consenso sobre as emendas parlamentares.
Eunício que, no biênio 2017/2019, presidiu o Senado e apoiou Alcolumbre para sucedê-lo, o classifica como muito acessível aos colegas, muito dado, gentil.
‘’Almoçava com ele (Davi Alcolumbre) praticamente todos os dias quando eu era presidente. Eu o apoiei no fim do meu mandato e ele se saiu bem mesmo sem tanta experiência, não tinha passado nem sequer na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mas tinha e tem muita desenvoltura para lidar com os parlamentares’’, acrescentou o emedebista.
JOVEM, MAS COM MATURIDADE
Quando questionado sobre a renovação no comando da Câmara Federal, Eunício afirma que o novo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), é “maduro, apesar de jovem” e espera que, no biênio 2025/2026, a Câmara realize mais sessões presenciais.
‘’Arthur tem estilo muito fechado de liderança, fez um grupo com os líderes e promoveu muitas sessões digitais’’, disse Eunício ao se referir ao ex-presidente Artur Lira (PP-AL). Sobre o pedido para a Câmara diminuir o número de sessões virtuais, Eunício disse que Hugo Motta, ao se reunir com a bancada do MDB, garantiu que irá atender ao apelo para maior número de sessões presenciais.