14 de novembro é a data escolhida pela Federação Internacional de Diabetes (IDF na sigla em inglês) e pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para marcar o Dia Mundial do Diabetes.
De acordo com esses órgãos, a proposta é reforçar a conscientização sobre a doença, especialmente para evidenciar a importância da prevenção e oferecer alternativas para as dificuldades enfrentadas pelos pacientes. Aliás, muitos nem sabem que a tem, pois é uma enfermidade silenciosa.
Para se ter uma ideia, de acordo com o Atlas do Diabetes da IDF, existem cerca de 538 milhões de adultos com a doença em todo mundo. No Brasil, são quase 17 milhões de diabéticos, um crescimento de 4,6 milhões de casos (37%) em uma década, quando o país tinha 12,4 milhões. Como consequência, o Brasil é quinto no ranking global com maior incidência da doença.
A propósito, a IDF também faz projeções para os próximos anos. Até 2030, o Brasil deve ter mais de 19 milhões de diabéticos, com esse número devendo ultrapassar 23 milhões em 2045.
Os dados são, de fato, alarmantes, uma vez que, segundo o Ministério da Saúde (MS), as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) como o diabetes são responsáveis por mais de 70% das mortes.
Assim, o diabetes é uma questão de saúde pública, que afeta milhões de pessoas globalmente e preocupa a comunidade médico-científica.
“Por ser parte das Doenças Crônicas Não Transmissíveis, o diabetes tem um impacto muito grande na saúde da população, pois essas doenças são responsáveis por cerca de 70% dos óbitos em todo o mundo. Contudo, existem maneiras de prevenir, principalmente no caso do diabetes Tipo 2, já que esse tipo de diabetes está relacionado com a obesidade, que a gente também vem observando um aumento no Brasil e no mundo”, alerta o médico Álvaro Madeira Neto, especialista em medicina preventiva.
Prevenção é sempre o melhor caminho
Nesse sentido ele destaca como principais formas de prevenção, a promoção de hábitos saudáveis, como uma alimentação adequada; a prática de atividades físicas, claro que sob supervisão; e o abandono de hábitos não saudáveis, a exemplo do tabagismo e da ingestão de álcool, “pois tudo isso faz parte de um arsenal de medidas contra as Doenças Crônicas Não Transmissíveis e, principalmente, contra o diabetes”.
“A gente observa uma série de complicações em pacientes que não se trataram, não tiveram um rastreio adequado da doença, a fim de fazer a prevenção devida e, por sua vez, acabaram por apresentar uma evolução tardia não controlada do diabetes e as consequências para a saúde são muito graves. Portanto, mais uma vez, ao marcar o Dia Mundial do Diabetes, temos essa missão de juntos de promover o bem-estar geral da população”, conclui.